Você
é normal e eu que sou o tetraplégico?
Tem
certeza disso?
Adriano
Lachovski
Intervi
em mim mesmo para satisfazer a imensa necessidade que eu tinha de
mudar para poder me tornar “eu próprio” e assim respeitar minha
essência, e o farei a cada vez que for necessário.
Fazendo
isso, posso afirmar que estou em constante desenvolvimento e andando
pra frente, apesar de fisicamente estar impossibilitado de dar um só
passo que seja, por ter ficado tetraplégico há onze anos.
Hoje
tenho cinquenta e um aninhos.
A
maioria das pessoas têm um pouco ou muito medo de mudar e o que não
percebem é que se não mudarem (quando necessário e o que às vezes
não está tão evidente pra criatura) a tendência é ficar pior e
se acostumarem desse jeito mesmo, e tudo parece normal “pra eles”.
Bem,
eu alerto e quero chamar a atenção desses confortáveis e
acomodados conformados de que esse é o grande inimigo a ser temido e
não a mudança que lhes será tão útil e benéfica.
Por
favor, a intenção não é criticar ou enxovalhar ninguém, nem
apontar quem está certo ou errado e sim “cutucar”.
Eu
como Coach comportamental sei que essas pessoas, bem ou mal, foram
programadas assim ou talvez estejam circunstancialmente em uma
situação totalmente indesejada e que não enxergam uma saída e não
sabem mais o que fazer, mas mesmo assim quero que tomem ciência
desse conteúdo.
Tudo
bem, geralmente tememos aquilo que desconhecemos.
Mas
espera um pouco!
Estamos
buscando com as mudanças o quê?
Respondo:
– A felicidade, a alegria, a paz, resolver algum problema, o
equilíbrio, o amor, a tranquilidade, a harmonia, nosso bem-estar,
enfim, tantas coisas boas não é mesmo?
Então
eu pergunto...
A
escuridão é conforto e aconchego pra você?
E
é da luz que você realmente tem medo?
O
que te falta pra começar agora mesmo essa intervenção de mudanças
em você?
Não
me venha com essa de mudar o outro, mude você.
Não
espere por uma catástrofe acontecer pra que você crie forças pra
agir.
Será
que você precisará ficar tetraplégico como eu, pra daí entender
que a vida é extraordinária e você não pode ficar aí parado como
um deficiente físico!
Sim,
porque a maioria desses deficientes físicos são obrigados à uma
grande superação e batalham tão mais pela vida (isso agora é
normal para nós deficientes) que já nem têm mais leões pra matar
todos os dias, agora só matamos bichinhos menores e inofensivos,
pois os leões já acabaram faz tempo, matamos todos no começo de
nossas transformações.
Isso
é uma provocação sim.
Se
você está aí parado lamentando e reclamando muito da vida e dos
outros, é um claro sinal de que deve parar de reclamar e agir a seu
favor.
E
pra quebrar teu galho e não te chocar muito, note que nem coloquei
nesse texto foto de um tetraplégico que não consegue falar, que
respira só por aparelhos, que não consegue sequer movimentar o
pescoço pra balançar a cabeça da esquerda pra direita (coisa que
você faz muito bem quando quer dizer que não consegue fazer tal
coisa...) e que só move os olhos e mais nada (assista o filme “O
escafandro e a borboleta”).
Acredite,
eu estou extremamente grato e feliz por ter sobrado o movimento do
pescoço, dos ombros, apesar de não conseguir ficar sentado sozinho.
Fico
muito feliz por poder falar e respirar sem máquinas.
Fico
alegre por ter sobrado o movimento do braço esquerdo até o punho,
apesar de não mexer nenhum dedo sequer (uso uma adaptação na mão
esquerda pra poder digitar textos, letra por letra, aliás, estou
escrevendo um livro dessa maneira e mesmo assim me sinto faceiro de
contente).
Fico
extasiado por ainda assim fazer a diferença na vida de outras
pessoas com meu trabalho de coaching, acordar de manhã (sim, porque
tetraplégico não levanta, só acorda rsrs) e encontrar qualquer
tempo e sentir-se vivo e atuante.
Fico
demasiadamente feliz por interagir com meus filhos que tanto amo.
Fico
feliz por poder fazer ligações sozinho para as pessoas que
considero importantes na minha vida (você tem dito às pessoas o
quanto elas são importantes pra você?).
Eu
tenho me sentido feliz toda vez que percebo que estou respirando.
E
você?
O
que te deixa feliz?
Continue
trabalhando desesperadamente, continue sendo durão e inflexível,
calcado nas certezas de sua razão, continue sem tempo para os que te
amam, continue acreditando que ter é mais importante e vem antes de
ser.
Como
não consegue perceber a importância de mudar agora, quem sabe você
dá a sorte de ficar tetraplégico ou outra desgraça qualquer, para
daí poder mu-dar e entender que tinha total comando de seu destino
em suas mãos e que tudo é resultado de suas escolhas e que
infelizmente só agora ficou claro pra você o que é realmente
importante nessa vida, pois estava ocupado demais pra essas besteiras
de autoconhecimento e comporta-mento humano.
Afinal,
pra quê se relacionar bem com os outros?
Você
é importante
A vida de muitas pessoas
provavelmente mudaria se alguém fizesse por donde elas se sentissem
importantes.
O
professor Ronald Rowland, da Califórnia, contou a experiência que
teve com um estudante de nome Chris, no início de suas aulas de
artesanato:
Chris
era um menino muito quieto, tímido e inseguro, o tipo do aluno que,
em geral, não recebe a atenção que merece.
Também
dou aulas numa classe avançada que se tornou uma espécie de símbolo
de prestígio e um privilégio para o aluno que conquistasse o
direito de ingressar nela.
Certa
quarta-feira, Chris trabalhava com dedicação na sua prancheta.
Com
efeito, pressenti que dentro dele ardia um fogo oculto.
Perguntei-lhe
se gostaria de entrar na classe avançada.
Como
gostaria de poder expressar a fisionomia de Chris!
Quantas
emoções naquele garoto de 14 anos de idade, que procurava esconder
as lágrimas que afluíam aos seus olhos.
"Eu,
Sr Rowland?
E
o senhor acredita que sou bom para isso?"
"Sim,
Chris, acredito que é."
Precisei
me retirar nesse momento, porque eu é que estava prestes a chorar.
Quando
Chris saiu da classe naquele dia, aparentemente um pouco mais alto do
que o habitual, olhou para mim com seus olhinhos azuis e vivos e
disse, com uma voz segura:
"Obrigado,
sr. Rowland."
Chris
ensinou-me uma lição que jamais esquecerei - nosso profundo desejo
de nos sentirmos importantes.
Para
ajudar-me a nunca esquecer desse presente, fiz um pequeno cartaz onde
escrevi:
"Você
é importante".
Este
cartaz ficou pendurado na entrada da sala de aula para que todos o
vissem.
E
para que eu lembrasse de que cada aluno que tenho diante de mim é
igualmente importante.
Todos
somos importantes.
Todos
temos algo de especial, que nos faz únicos.
Dessa
forma, todos podemos aprender com todos.
O
pensador Emerson resumiu num pensamento esta idéia.
Dizia
ele:
Cada
homem que encontro é superior a mim em alguma coisa; e nisto posso
aprender com ele.
Está
aí a sapiência da humildade e a humildade da verdadeira sabedoria.
Está
em reconhecer que temos muito de bom em nós.
Basta
descobrir, conhecer, investigar.
Toda
proposta que leve ao autoconhecimento será sempre válida pois, além
de revelar o que em nós precisa de reforma, irá mostrar também o
que brilha de bom em nosso íntimo.
Por
isso, se você hoje está num estado emocional de
auto desvalorização, de auto menosprezo, lembre-se que é sua visão
que está nublada, distorcida.
Nenhum
de nós é insignificante.
Todos
fazemos falta na esfera social onde estamos envolvidos - família,
amigos, trabalho.
Você
é importante, e só em você está o caminho que leva para uma vida
de felicidade interior.
Momento
Espírita com base no cap. 6, pt. Ii, do livro Como
fazer amigos e influenciar pessoas,
de Dale Carnegie, ed. Cia Editora Nacional. Em 10.10.2008.
O
dia que amanhece é uma chance a mais que o Criador lhe concede para
que você construa a sua felicidade.
Cada
hora desse dia é oportunidade renovada a cada sessenta segundos.
Cada
minuto que passa é sempre tempo de pensar ou repensar posturas,
atitudes, valores.
Considerando
tudo isso, entendamos muito bem que Deus não nos oferece apenas uma
segunda chance, mas muitas chances num só dia.
Para
ser mais exato, vinte e quatro horas de oportunidades por dia,
sessenta minutos de chances por hora e sessenta segundos por minuto.
E
sabemos que, para uma tomada de decisão, não precisamos mais que um
décimo de segundo.
Pensemos
nisso!
Bem interessante esse artigo, conheço pessoas que só reclamam da vida nada para elas é suficiente sempre querendo mais e mais; não param para pensar e refletir sobre elas mesmas, são jovens com saúde perfeita e um futuro pela frente, ao invés de agradecerem a Deus só reclamam e se sentem injustiçadas pela sociedade. Agora queria vê-las na minha situação, que dependo da ajuda de outra pessoa para as coisas mais simples do cotidiano de uma pessoa, o que fariam ou como se sentiriam.
ResponderExcluirGostei de vir até aqui e ver palavras tão inspiradoras, que lindo ver alguém tão digno com suas limitações, Deus o abençoe ricamente sua vida, um abraço.
ResponderExcluirhttp://www.angelimcosmeticos.com.br/