O
essencial é invisível aos olhos.
Em
uma sociedade em que o mais importante é o que você tem para me
oferecer, que a soma, divisão e multiplicação são deixadas de
lado em prol apenas do benefício próprio.
Fica
cada vez mais difícil se destacar como um ser único, dotado de
qualidades e virtudes diferenciadas.
A
sociedade prega que o bom é o comum, é o dentro do padrão,
inteligência na média, peso na média, aquele que vem, faz o que
deve ser feito e vai embora, sem reclamar, sem chamar muito atenção,
se fossemos máquinas sem sentimentos, sem dias bons e ruins, melhor
ainda…..
Fica
a pergunta, como sermos nós mesmos quando não temos nem a
oportunidade de mostrarmos quem realmente somos por dentro, como
pensamos, nossos princípios, ideias, quais são os nossos hábitos,
perspectivas e desejos.
Quando
precisamos erguer um muro de proteção em volta de nós, onde as
nossas emoções e sentimentos não possam sair e muito menos a dos
outros entrar.
Quais
são as qualidades e preferências das pessoas que estão ao nosso
lado diariamente?
O
que elas tem de interessante e de bom para contribuir com todos, mas
que nunca teve a oportunidade de mostrar?
Não
sabemos, não nos interessamos, ignoramos, apenas queremos o que tem
para nos oferecer sem que precisemos dar nada em troca, somos seres
humanos egoístas e sangue sugas, que exigimos do outro tudo que ele
possa nos dar que seja o mais eficiente naquilo que foi proposto e
ponto final.
Nesse
mundo onde incluímos as pessoas com deficiência?
Que
fogem do modelo de “robôs” que estamos acostumados, que em
alguns casos precisam de um pouco mais de tempo, em outros casos de
um auxílio, ou de uma adaptação para poder desempenhar a sua
tarefa.
Mas
que com absoluta certeza tem muito a somar, a compartilhar e a
dividir, tem bagagens experiências de vida que a própria
deficiência lhe impõe e que pode sim acrescentar conhecimento aos
demais, contribuindo e muito para humanizar mais a todos.
Será
que damos a oportunidade das pessoas mostrarem a nós o que tem por
dentro dessa “casca” dessa “armadura” que as reveste??
Será
que temos verdadeiro interesse em saber como o outro está e podermos
contribuir, para o seu dia ser mais feliz ou tornar o seu fardo um
pouco mais leve??
Não,
com certeza não, preferimos apenas levar a nossa vida fingindo que
os problemas dos outros são dos outros e ponto, não temos nada com
isso, afinal já temos os nossos e ninguém quer saber não é
verdade?
Muitos
quando se deparam com uma pessoa com deficiência prefere em um
primeiro momento fingir que nem percebeu, acha que ignorar a
existência dela é a melhor forma de não precisar expor a sua
ignorância ou de repente de invadir o espaço do outro sei lá.
Outros
preferem achar que aquela pessoa é um absoluto incapaz, ah coitado
tem uma deficiência, com certeza não estudou, não consegue fazer
nada.
Alguns
chegam até a tratar como bebezinho, acreditando que todas as
deficiências prejudicam também o intelecto da pessoa.
Alguns
já veem como heróis, exemplos de determinação e coragem, ah se
mesmo com deficiência faz isso que eu acho um fardo fazer, é porque
é um ser extraordinário.
Quando
no fundo a pessoa com deficiência, é um ser humano assim como você,
como seus pais e filhos, assim como qualquer um, apenas com algumas
peculiaridades que a sua deficiência lhe impõe, mas são pessoas
com as mesmas necessidades que qualquer outra, de comer, beber, amar,
cuidar e ser cuidada, com os mesmos sonhos, ter um emprego, formar
uma família, viver da melhor forma possível dentro das suas
limitações, exigindo do seu corpo o máximo que possa oferecer,
para ter o máximo de independência possível, com o maior e mais
puro objetivo de vida ser Feliz, afinal esse o maior sonho de todos
nós.
Todos
temos propósitos na vida, qualidade e defeitos, eficiência e
deficiência, cabe ao outro nos dar a oportunidade de mostrar, e a
nós perdermos o receio de não sermos aceitos ou julgados.
Trazemos
dentro de nós os dois lados da mesma moeda, cabe ao outro enxerga o
que lhe interessa para se aproximar ou nos repelir, sem
prejulgamentos e preconceitos, dando oportunidade ao diferente, ao
fora do padrão, o seu amigo ou colega de trabalho, a todas as
pessoas independente da sua “casca” e título.
Será
que estamos valorizando a coisa certa nas pessoas que nos cercam?
Vale
a pena refletir.
Permita
ser o melhor para os outros, mostre o que há dentro de você e tente
ver o melhor nos outros, enxergar além da casca, você pode se
surpreender.
Fonte
- Deficiente Sim, Superar Sempre
Acreditar
e agir
Um
viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas
cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde
era seu destino.
Suspirou
profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte.
A
voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo,
oferecendo-se para transportá-lo.
Era
um barqueiro.
O
pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era
provido de dois remos de madeira de carvalho.
O
viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em
cada remo.
Ao
colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo
duas palavras.
Num
dos remos estava entalhada a palavra acreditar
e no outro, agir.
Não
podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes
originais dados aos remos.
O
barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar,
e remou com toda força.
O
barco, então, começou a dar voltas, sem sair do lugar em que
estava.
Em
seguida, pegou o remo em que estava escrito agir
e remou com todo vigor.
Novamente
o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente,
o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo
tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através
das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.
Então,
o barqueiro disse ao viajante:
Este
barco pode ser chamado de autoconfiança.
E
a margem é a meta que desejamos atingir.
Para
que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta
pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos, ao mesmo tempo,
e com a mesma intensidade: agir e acreditar.
Não
basta apenas acreditar, senão o barco ficará rodando em círculos.
É
preciso também agir, para movimentá-lo na direção que nos levará
a alcançar a nossa meta.
Agir
e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando
as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso
remar contra a maré.
Gandhi
tinha uma meta: libertar seu povo do jugo inglês.
Tinha
também uma estratégia: a não-violência.
Sua
autoconfiança foi tanta que atingiu a sua meta sem derramamento de
sangue.
Ele
não só acreditou que era possível, mas também agiu com segurança.
Madre
Teresa também tinha uma meta: socorrer os pobres abandonados de
Calcutá.
Acreditou
e agiu, superando a meta inicial, socorrendo pobres do mundo inteiro.
Albert
Schweitzer traçou sua meta e chegou lá.
Deixou
o conforto da cidade grande e se embrenhou na selva da África
francesa para atender aos nativos, no mais completo anonimato.
Como
estes, teríamos outros tantos exemplos de homens e mulheres que não
só acreditaram, mas que tornaram realidade seus planos de felicidade
e redenção particular.
E você?
Está
remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs?
Se
o barco da sua autoconfiança está parado no meio do caminho ou
andando em círculos, é hora de tomar uma decisão e impulsioná-lo
com força e com vontade.
Lembre
que só você poderá acioná-lo utilizando-se dos dois remos: agir
e acreditar.
Caso
você ainda não tenha uma meta traçada ou deseje refazer a sua,
considere alguns pontos:
verifique
se os caminhos que irá percorrer não estarão invadindo a
propriedade de terceiros;
se
as águas que deseja navegar estão protegidas dos calhaus da inveja,
do orgulho, do ódio;
e,
antes de movimentar o barco, verifique se os remos não estão
corroídos pelo ácido do egoísmo.
Depois
de tomar todas estas precauções, siga em frente e boa viagem.
Momento
Espírita, com base em texto veiculado pela Internet, atribuído a
Aurélio Nicoladeli. Disponível no CD Momento Espírita, v. 5 e nos
livros Momento Espírita v. 2 e 3, ed. Fep. Em 11.10.2010
Comentário
Na
verdade precisamos acreditar mais em nós mesmos e agir, ficarmos
parado esperando acontecer é perda de tempo.
Se
acreditamos e temos confiança em nossa capacidade de executar nosso
objetivo e alcançar nossa meta, não esperemos acontecer, mas sim
façamos acontecer.
Para
que isto aconteça vamos enfrentar as adversidades com muita coragem,
confiança e perseverança em nosso objetivo, assim com muito esforço
e trabalho conseguiremos atingir nossa meta.
Sim
vamos encontrar pelo caminho muitos obstáculos, mas temos que ser
forte para superá-los um a um sem pensar em desistir, acreditando
sempre e agindo para removê-los.
E
gradativamente avançando na concretização de nossa meta e ocupando
nosso espaço na sociedade com dignidade e respeito.
Mas,
para que isso aconteça temos que lutar e cobrar pelos nossos
direitos, fazendo com que esses sejam respeitados pela sociedade.
Afinal
somos cidadãos membros de uma sociedade, com os mesmos direito de
qualquer um de seus membros sem distinção alguma, independente ou
não de sua condição física.
Infelizmente temos uma sociedade presa a um certo padrão do que é certo ou errado, da perfeição pre estabelecida chamada "normais"; tudo o todos que fogem a esse padrão são discriminados; tem uma certa rejeição preconceituosa contra as "diferenças", procuram segregarem esta parte da sociedade; mas todos perante a lei tem direito ao seu espaço independente de sua condições físicas, como qualquer outro cidadão.
ResponderExcluirO que desejamos não é caridade ou que nos trate como incapazes; mas, sim como pessoas eficientes e produtivas que ainda podem contribuir com a sociedade; queremos apenas oportunidades para mostrar nossa capacidade e inteligência, além de respeito e dignidade; essa seria visão correta sobre os deficientes, havendo a inclusão e não a exclusão.
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